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Para contornar as dificuldades de conexão, a Assembleia Legislativa contribuirá com R$ 5,4 milhões, ao longo de 12 meses, para que a Secretaria Estadual da Educação (SEDUC) garanta a oferta de capacidade extra para smartphones cadastrados de até 900 mil alunos e professores. Serão R$ 450 mil mensais para custear a parceria com operadoras de telefonia.
Em entrevista ao Grupo JM, o responsável pela 36ª Coordenadoria Regional de Educação, Cláudio de Souza, ressalta que a área da educação tem sido um dos grandes desafios para os governos. “Ainda não tem uma data precisa para o retorno das aulas presenciais, até lá, seguem os aprendizados e desafios dessa mudança tão repentina. É preciso todo um cuidado de preparo e de organização para de fato decidirmos por um retorno presencial.
O governador tem dito, em todas as suas falas, que a preocupação neste momento no Rio Grande do Sul tem sido pela vida, e nós concordamos no que tange a área da educação. A nossa maior preocupação é garantir a continuidade do ano letivo. É importante que os pais saibam que vamos concluir o ano letivo de 2020. Garantir os direitos e objetivos de aprendizagem mínimos, porque e um ano atípico, não vamos conseguir trabalhar todos os conteúdos previstos para um ano normal, por isso foi construído uma matriz de referência para o modelo híbrido, que traz ali um perfil de saída tanto o Ensino Fundamental como para o Ensino Médio, informando que o perfil de saída, e aquilo que de fato o aluno precisa aprender para passar para o ano seguinte”, explica o coordenador.
Segundo Souza, o governo garantirá o ensino remoto para todos os níveis da rede pública na modalidade híbrida, com uso de tecnologia e a disponibilização de materiais aos pais ou responsáveis com dificuldade de acesso via internet. “Não deixaremos nenhum aluno para trás”, garante.
Ao ser questionado sobre como será o processo de avaliação, o coordenador da 36ªCRE informa que ainda não está definido. “Hoje a avaliação na rede estadual e por notas e precisamos evoluir neste aspecto. A avaliação pode ser de duas formas: a diagnóstica, que é aquela que só pode fazer presencialmente com o aluno, a qual é testado os conhecimentos e as habilidades que o aluno construiu, mas neste momento que estamos com aula não presencial, estamos com a avaliação transitória. Nesta semana, os alunos irão devolver as atividades das aulas programadas no período de 19 de março a 30 de abril, mas não estamos preocupados agora com a nota e sim como o processo de aprendizagem dos alunos. Este é um ano letivo diferente, estamos reinventando a educação”.
De acordo com Souza, hoje e amanhã os professores irão planejar atividades de revisão dos conteúdos programados, Já nos dias 4, 5 e 6 os professores encaminharão as novas atividades correspondentes ao período de 8 a 27 de junho. Neste período, as escolas estarão abertas para esclarecer as dúvidas dos pais.
Para o dia 15 de junho, está programada a segunda etapa, com volta de atividades presenciais essenciais para conclusões de técnicos, graduação, pós-graduação e cursos livres, profissionalizantes e de idiomas.
Fonte: Jornal da Manhã